Ideologicamente o rondonista, assim como qualquer outro aluno de uma instituição de ensino superior (IES), é um profissional em formação. Nesse processo cruzamos com mestres e doutores que baseados em seus conhecimentos e experiências nos ensinam um pouco do que sabem sobre o mundo que vivemos nas mais amplas magnitudes que um agente social pode atuar.
Ao fim de variados cursos, diferentes personalidades se destacam em uma característica comum. Um certo dia, entre uma prova e outra, acordam e falam: “eu vou ser um rondonista”. Carregados com essa energia, sendo convidado, ou mesmo tendo corrido atrás, essas pessoas se agrupam. Baseado no que, naquele momento, tinham de melhor idealizam projetos e esperanças para uma missão, onde cada qual se dedica em querer fazer a diferença nas pessoas que iram encontrar.
Dentre as realizações o circo é armado em meio a praça da cidade, uma tonelada de conhecimento é descarregado em forma de stands, extensões, microscópios, experimentos, e talvez o mais fundamental deles, que é o conhecimento dentro de cada profissional naquele evento. A esse circo demos o nome de Feira de Ciências.
A quem diga que a ciência é coisa de gente maluca, ou até mesmo para poucos inteligentes, mas para aqueles que acreditam no verdadeiro potencial de cada das pessoas, sabe que verdadeiros cientistas como Aristóteles, Copérnico, Galileu, até mesmo Einstein (que fugia das aulas de matemática) não acreditam na burrice das pessoas, e por isso tratavam da ciência com a maior naturalidade do mundo, usando laranjas e maçãs para explicar as complexidades das teorias gravitacionais.
Divulgação científica tem sido admirada pelos educadores do século 21 como uma tarefa extremamente funcional no processe educativo. Feiras de ciências, competições, museus já não são as mesmas coisas desde que a ciência foi entendida como algo divertido de ser explorado.
Com o circo armado, e a simplicidade de ferramentas que puderam ser transportadas de universidades distantes de Pio IX iniciou-se na noite da terça-feira dia 18 de fevereiro a tal feira de ciências onde crianças, jovens e adultos, cada qual no seu ritmo, se aproximaram dos stands e tentaram aprender de maneira divertida um pouco mais sobre física, química, biologia, e saúde.
Os rondonistas, assim como seus mestres e doutores da faculdade estavam munidos de conhecimento prontos para receber uma manada de pessoas curiosas. Ao iniciar o evento, os olhos curiosos começaram saltar nas mesas e a vontade de entender o que estava acontecendo em cada uma delas aumentava cada vez mais.
Neste momento cada rondonista percebeu a maior lição do mundo com a ciência. Não importa onde estamos nem mesmo a época que estamos. Nós seres humanos somos curiosos pela e por natureza. Então naquela noite podemos entender e registrar em uma foto, que como educadores não precisamos dizer a verdade, apenas levantar nossos amigos para que possam com os próprios olhos entender e compreender as coisas da vida.
(Ricardo levanta a criança, para que então ela possa ver com os próprios olhos o que os cientistas dizem. Logo atrás a curiosidade salta aos olhos das crianças que parecem não aguentar a vontade de ver no microscópio)
Eu sou rondonista, eu entendo que ensinar, talvez seja apenas mostrar ao próximo que ele sabe tanto quanto eu.
Esse texto foi escrito por Guilherme Oliveira Barbosa, em homenagem a equipe Pio IX, por fazer da Feira de Ciências um evento tão maravilho.
Um comentário:
Belas palavras. Você estava inspirado em! Grande Abraço.
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